quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Língua Portuguesa

REGRAS DE ACENTUAÇÃO GRÁFICA O português, assim como outras línguas neolatinas, apresenta acento gráfico. Vimos anteriormente que toda palavra da língua portuguesa de duas ou mais sílabas possui uma sílaba tônica. Observe as sílabas tônicas das palavras arte, gentil, táxi e mocotó. Você constatou que a tonicidade recai sobre a sílaba inicial em arte, a final em gentil, a inicial em táxi e a final em mocotó. Além disso, você notou que a sílaba tônica nem sempre recebe acento gráfico. Portanto, todas as palavras com duas ou mais sílabas terão acento tônico, mas nem sempre terão acento gráfico. A tonicidade está para a oralidade (fala) assim como o acento gráfico está para a escrita (grafia). Oxítonas1. São assinaladas com acento agudo as palavras oxítonas que terminam em a, e e o abertos, e com acento circunflexo as que terminam em e e o fechados, seguidos ou não de s:
a
já, cajá, vatapá
as
ás, ananás, mafuás
e
fé, café, jacaré
es
pés, pajés, pontapés
o
pó, cipó, mocotó
os
nós, sós, retrós
e
crê, dendê, vê
es
freguês, inglês, lês
o
avô, bordô, metrô
os
bisavôs, borderôs, propôs
NOTAIncluem-se nesta regra os infinitivos seguidos dos pronomes oblíquos lo, la, los, las: dá-lo, matá-los, vendê-la, fê-las, compô-lo, pô-los etc.OBSERVAÇÃO: Nunca se acentuam: (a) as oxítonas terminadas em i e u, e em consoantes - ali, caqui, rubi, bambu, rebu, urubu, sutil, clamor etc.; (b) os infinitivos em i, seguidos dos pronomes oblíquos lo, la, los, las - fi-lo, puni-la, reduzi-los, feri-las.2. Acentuam-se sempre as oxítonas de duas ou mais sílabas terminadas em -em e -ens:alguém, armazém, também, conténs, parabéns, vinténs.Paroxítonas Assinalam-se com acento agudo ou circunflexo as paroxítonas terminadas em:
i
dândi, júri, táxi
is
lápis, tênis, Clóvis
ã/ãs
ímã, órfã, ímãs
ão/ãos
bênção, órfão, órgãos
us
bônus, ônus, vírus
l
amável, fácil, imóvel
um/uns
álbum, médium, álbuns
n
albúmen, hífen, Nílton
ps
bíceps, fórceps, tríceps
r
César, mártir, revólver
x
fênix, látex, tórax
NOTASa) O substantivo éden faz o plural edens, sem o acento gráfico.b) Os prefixos anti-, inter-, semi- e super-, embora paroxítonos, não são acentuados graficamente: anti-rábico, anti-séptico, inter-humano, inter-racial, semi-árido, semi-selvagem, super-homem, super-requintado.c) Não se acentuam graficamente as paroxítonas apenas porque apresentam vogais tônicas abertas ou fechadas: espelho, famosa, medo, ontem, socorro, pires, tela etc.Proparoxítonas Todas as proparoxítonas são acentuadas graficamente: abóbora, bússola, cântaro, dúvida, líquido, mérito, nórdico, política, relâmpago, têmpora etc.Casos especiais
Acentuam-se sempre os ditongos tônicos abertos éi, éu, ói: boléia, fiéis, idéia, céu, chapéu, véu, apóio, herói, caracóis etc.
Acentuam-se sempre o i e o u tônicos dos hiatos, quando estes formam sílabas sozinhas ou são seguidos de s: aí, balaústre, baú, egoísta, faísca, heroína, saída, saúde, viúvo, etc.
Acentua-se com acento circunflexo o primeiro o do hiato ôo, seguido ou não de s: abençôo, enjôo, corôo, perdôo, vôos etc.
Mantém-se o acento circunflexo do singular crê, dê, lê, vê nas formas do plural desses verbos - crêem, dêem, lêem, vêem - e de seus compostos - descrêem, desdêem, relêem, revêem etc.
Acentua-se com acento agudo o u tônico pronunciado precedido de g ou q e seguido de e ou i, com ou sem s: argúi, argúis, averigúe, averigúes, obliqúe, obliqúes etc.
Acentuam-se graficamente as palavras terminadas em ditongo oral átono, seguido ou não de s: área, ágeis, importância, jóquei, lírios, mágoa, extemporâneo, régua, tênue, túneis etc.
Emprega-se o trema no u que se pronuncia depois de g ou q, sempre que for seguido de e ou i: agüentar, argüição, ungüento, eloqüência, freqüente, tranqüilizante etc.
Emprega-se o til para indicar a nasalização de vogais: afã, coração, devoções, maçã, relação etc.Acento diferencial O acento diferencial é utilizado para distingüir uma palavra de outra que se grafa de igual maneira. Usamos o acento diferencial - agudo ou circunflexo - nos vocábulos da coluna esquerda para diferenciar dos da direita:
côa/côas(verbo coar)
coa/coas(com + a/as)
pára(3.ª pessoa do sing. do pres. do ind. de parar)
para(preposição)
péla/pélas e péla(verbo pelar e subst.)
pela/pelas(per + a/as)
pêlo/pêlos e pélo(subst. e verbo pelar)
pelo/pelos(per + o/os)
péra(arcaísmo-subst. pedra)
pera(arcaísmo-prep. para)
pêra(subst. fruto da pereira)
pera(arcaísmo-prep. para)
pôde(pret. perf. do ind. de poder)
pode(pres. do ind. de poder)
pólo/pólos(subst. eixo em torno do qual uma coisa gira)
polo/polos(aglutinação da prep. por e dos arts. arcaicos lo/las)
pôr(verbo)
por(preposição)

segunda-feira, 22 de outubro de 2007


Uma história emocionante!vale a pena conferir!!
Em breve estará nos cinemas!

O caçador de pipas

O caçador de pipas é considerado um dos maiores sucessos da literatura mundial dos últimos tempos. Este romance conta a história da amizade de Amir e Hassan, dois meninos quase da mesma idade, que vivem vidas muito diferentes no Afeganistão da década de 1970. Amir é rico e bem-nascido, um pouco covarde, e sempre em busca da aprovação de seu próprio pai. Hassan, que não sabe ler nem escrever, é conhecido por coragem e bondade. Os dois, no entanto, são loucos por histórias antigas de grandes guerreiros, filmes de caubói americanos e pipas. E é justamente durante um campeonato de pipas, no inverno de 1975, que Hassan dá a Amir a chance de ser um grande homem, mas ele não enxerga sua redenção. Após desperdiçar a última chance, Amir vai para os Estados Unidos, fugindo da invasão soviética ao Afeganistão, mas vinte anos depois Hassan e a pipa azul o fazem voltar à sua terra natal para acertar contas com o passado.
Saiba sobre vários assuntos e conheça
a história da moda.

A história da moda na decáda de 50

A Época da Feminilidade


Por CLAUDIA GARCIA

Com o fim dos anos de guerra e do racionamento de tecidos, a mulher dos anos 50 se tornou mais feminina e glamourosa, de acordo com a moda lançada pelo "New Look", de Christian Dior, em 1947. Metros e metros de tecido eram gastos para confeccionar um vestido, bem amplo e na altura dos tornozelos. A cintura era bem marcada e os sapatos eram de saltos altos, além das luvas e outros acessórios luxuosos, como peles e jóias.Essa silhueta extremamente feminina e jovial atravessou toda a década de 50 e se manteve como base para a maioria das criações desse período. Apesar de tudo indicar que a moda seguiria o caminho da simplicidade e praticidade, acompanhando todas as mudanças provocadas pela guerra, nunca uma tendência foi tão rapidamente aceita pelas mulheres como o "New Look" Dior, o que indica que a mulher ansiava pela volta da feminilidade, do luxo e da sofisticação.E foi o mesmo Christian Dior quem liderou, até a sua morte em 1957, a agitação de novas tendências que foram surgindo quase a cada estação.Com o fim da escassez dos cosméticos do pós-guerra, a beleza se tornaria um tema de grande importância. O clima era de sofisticação e era tempo de cuidar da aparência. A maquiagem estava na moda e valorizava o olhar, o que levou a uma infinidade de lançamentos de produtos para os olhos, um verdadeiro arsenal composto por sombras, rímel, lápis para os olhos e sobrancelhas, além do indispensável delineador. A maquiagem realçava a intensidade dos lábios e a palidez da pele, que devia ser perfeita.Grandes empresas, como a Revlon, Helena Rubinstein, Elizabeth Arden e Estée Lauder, gastavam muito em publicidade, era a explosão dos cosméticos. Na Europa, surgiram a Biotherm, em 1952 e a Clarins, em 1954, lançando produtos feitos a base de plantas, que se tornaria uma tendência a partir daí.Era também o auge das tintas para cabelos, que passaram a fazer parte da vida de dois milhões de mulheres - antes eram 500 -, e das loções alisadoras e fixadoras.Os penteados podiam ser coques ou rabos-de-cavalo, como os de Brigitte Bardot. Os cabelos também ficaram um pouco mais curtos, com mechas caindo no rosto e as franjas davam um ar de menina. Dois estilos de beleza feminina marcaram os anos 50, o das ingênuas chiques, encarnado por Grace Kelly e Audrey Hepburn, que se caracterizavam pela naturalidade e jovialidade e o estilo sensual e fatal, como o das atrizes Rita Hayworth e Ava Gardner, como também o das pin-ups americanas, loiras e com seios fartos.Entretanto, os dois grandes símbolos de beleza da década de 50 foram Marilyn Monroe e Brigitte Bardot, que eram uma mistura dos dois estilos, a devastadora combinação de ingenuidade e sensualidade.As pioneiras das atuais top models surgiram através das lentes dos fotógrafos de moda, entre eles, Richard Avedon, Irving Penn e Willian Klein, que fotografavam para as maisons e para as revistas de moda, como a Elle e a Vogue.Durante os anos 50, a alta-costura viveu o seu apogeu. Nomes importantes da criação de moda, como o espanhol Cristobal Balenciaga - considerado o grande mestre da alta-costura -, Hubert de Givenchy, Pierre Balmain, Chanel, Madame Grès, Nina Ricci e o próprio Christian Dior, transformaram essa época na mais glamourosa e sofisticada de todas.A partir de 1950, uma forma de difusão da alta-costura parisiense tornou-se possível com a criação de um grupo chamado "Costureiros Associados", do qual faziam parte famosas maisons, como a de Jacques Fath, Jeanne Paquin, Robert Piguet e Jean Dessès. Esse grupo havia se unido a sete profissionais da moda de confecção para editar, cada um, sete modelos a cada estação, para que fossem distribuídos para algumas lojas selecionadas. Assim, em 1955, a grife "Jean Dessès-Diffusion" começou a fabricar tecidos em série para determinadas lojas da França e da África do Norte.O grande destaque na criação de sapatos foi o francês Roger Vivier. Ele criou o salto-agulha, em 1954 e, em 1959 o salto-choque, encurvado para dentro, além do bico chato e quadrado, entre muitos outros. Vivier trabalhou com Dior e criou vários modelos para os desfiles dos grandes estilistas da época.Em 1954, Chanel reabriu sua maison em Paris, que esteve fechada durante a guerra. Aos 70 anos de idade, ela criou algumas peças que se tornariam inconfundíveis, como o famoso tailleur com guarnições trançadas, a famosa bolsa a tiracolo em matelassê e o escarpin bege com ponta escura.Ao lado do sucesso da alta-costura parisiense, os Estados Unidos estavam avançando na direção do ready-to-wear e da confecção. A indústria norte-americana desse setor estava cada vez mais forte, com as técnicas de produção em massa cada vez mais bem desenvolvidas e especializadas.Na Inglaterra, empresas como Jaeger, Susan Small e Dereta produziam roupas prêt-à-porter sofisticadas. Na Itália, Emilio Pucci produzia peças separadas em cores fortes e estampadas que faziam sucesso tanto na Europa como nos EUA.Na França, Jacques Fath foi um dos primeiros a se voltar ao prêt-à-porter, ainda em 1948, mas era inevitável que os outros estilistas começassem a acompanhar essa nova tendência a medida que a alta-costura começava a perder terreno, já no final dos anos 50.Nessa época, pela primeira vez, as pessoas comuns puderam ter acesso às criações da moda sintonizada com as tendências do momento.Em 1955, as revistas Elle e Vogue dedicaram várias páginas de sua publicação às coleções de prêt-à-porter, o que sinalizava que algo estava se transformando no mundo da moda.Uma preocupação dos estilistas era a diversificação dos produtos, através do sistema de licenças, que estava revolucionando a estratégia econômica das marcas. Assim, alguns itens se tornaram símbolos do que havia de mais chique, como o lenço de seda Hermès, que Audrey Hepburn usava, o perfume Chanel Nº 5, preferido de Marilyn Monroe e o batom Coronation Pink, lançado por Helena Rubinstein para a coroação da rainha da Inglaterra.Dentro do grande número de perfumes lançados nos anos 50, muitos constituem ainda hoje os principais produtos em que se apóiam algumas maisons, cuja sobrevivência muitas vezes é assegurada por eles.A Guerra Fria, travada entre os Estados Unidos e a então União Soviética ficou marcada, durante os anos 50, pelo início da corrida espacial, uma verdadeira competição entre os dois países pela liderança na exploração do espaço.A ficção científica e todos os temas espaciais passaram a ser associados a modernidade e foram muito usados. Até os carros americanos ganharam um visual inspirado em foguetes. Eles eram grandes, baixos e compridos, além de luxuosos e confortáveis.Os Estados Unidos estavam vivendo um momento de prosperidade e confiança, já que haviam se transformado em fiadores econômicos e políticos do mundo ocidental após a vitória dos aliados na guerra. Isso fez surgir, durante esse período, uma juventude abastada e consumista, que vivia com o conforto que a modernidade lhes oferecia.Melhores condições de habitação, desenvolvimento das comunicações, a busca pelo novo, pelo conforto e consumo são algumas das características dessa época.A televisão se popularizou e permitia que as pessoas assistissem aos acontecimentos que cercavam os ricos e famosos, que viviam de luxo, prazer e elegância, como o casamento da atriz Grace Kelly com o príncipe Rainier de Mônaco.A tradição e os valores conservadores estavam de volta. As pessoas casavam cedo e tinham filhos. Nesse contexto, a mulher dos anos 50, além de bela e bem cuidada, devia ser boa dona-de-casa, esposa e mãe. Vários aparelhos eletrodomésticos foram criados para ajudá-la nessa tarefa difícil, como o aspirador de pó e a máquina de lavar roupas.Em contraposição ao estilo norte-americano de obsolescência planejada, ao criarem produtos pouco duráveis, na Europa ressurgiu, especialmente na Alemanha, o estilo modernista da Bauhaus, com o objetivo de fabricar bens duráveis, com um design voltado a funcionalidade e ao futuro, refletindo a vida moderna. Vários equipamentos, como rádios, televisores e máquinas, foram criados seguindo a fórmula de linhas simples, durabilidade e equilíbrio.Ao som do rock and roll, a nova música que surgia nos 50, a juventude norte-americana buscava sua própria moda. Assim, apareceu a moda colegial, que teve origem no sportswear. As moças agora usavam, além das saias rodadas, calças cigarrete até os tornozelos, sapatos baixos, suéter e jeans.O cinema lançou a moda do garoto rebelde, simbolizada por James Dean, no filme "Juventude Transviada" (1955), que usava blusão de couro e jeans. Marlon Brando também sugeria um visual displicente no filme "Um Bonde Chamado Desejo" (1951), transformando a camiseta branca em um símbolo da juventude.Já na Inglaterra, alguns londrinos voltaram a usar o estilo eduardiano, mas com um componente mais agressivo, com longos jaquetões de veludo, coloridos e vistosos, além de um topete enrolado. Eram os "teddy-boys".Ao final dos anos 50, a confecção se apresentava como a grande oportunidade de democratização da moda, que começou a fazer parte da vida cotidiana. Nesse cenário, começava a ser formar um mercado com um grande potencial, o da moda jovem, que se tornaria o grande filão dos anos 60.

Lula vai á Àfrica para fortalecer comércio

Lula vai à Africa para fortalecer comércio.
O presidente brasileiro fará na próxima semana sua sétima viagem ao continente africano. Ele vai passar por Burkina Faso, República do Congo, Angola e África do Sul. O governo tem interesse em estreitar laços econômicos, especialmente nas áreas de energia e mineração.
Da Agência Brasil
Brasília - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva viaja, na semana que vem, à África, onde visita quatro países: Burkina Faso, República do Congo, África do Sul e Angola. Além de aproximação cultural e política, o Brasil tem interesse em estreitar laços econômicos e comerciais com os países africanos, principalmente nas áreas de energia e mineração.
"Agora começam a se identificar outras áreas. Há um comércio cada vez mais freqüente de pequenas indústrias brasileiras, como na área de confecção. Acreditamos muito que ele [continente africano] tem um forte potencial de expansão e vamos investir para que isso se concretize", ressaltou o embaixador Roberto Jaguaribe Gomes de Mattos, subsecretário-geral político do Ministério das Relações Exteriores.
Os biocombustíveis também estão na agenda de temas a serem abordados na viagem. De acordo com o embaixador, o presidente Lula considera a África uma das regiões que mais podem se expandir por meio da energia renovável. "O Congo é um produtor importante de petróleo, tem potencial para produzir ainda mais. Há muito interesse, como todos os países africanos, inclusive Burkina Faso, nas iniciativas brasileiras no campo de biocombustível", disse.
O intercâmbio comercial entre Brasil e Angola passou de US$ 520 milhões, em 2005, para US$ 1,3 bilhão em 2006. Com a África do Sul, a soma das exportações e importações brasileiras fechou 2006 em quase US$ 1,9 bilhão.
O embaixador destacou que, além de questões econômico-comerciais, a visita faz parte do interesse do governo brasileiro em priorizar a abertura de canais de diálogo com países do Sul. "Relações com a Europa, com os Estados Unidos e com a América do Sul são todas fundamentais. Mas existem canais já muito fluidos montados. Com a África, ainda estamos abrindo novas frentes", afirmou.
Na África do Sul, o presidente Lula participa na próxima quarta-feira (17), da 2ª Cúpula do Fórum de Diálogo Índia, Brasil e África do Sul (Ibas), juntamente com o presidente sul-africano, Thabo Mbeki, e com o primeiro-ministro indiano, Manmohan Singh. O embaixador Jaguaribe disse que no encontro devem ser discutidos assuntos como Rodada de Doha e reforma no Conselho de Segurança das Nações Unidas. "São pontos de prioritário interesse de todos os três países", afirmou.
Com a Alemanha e o Japão, o Brasil e a Índia formam o G-4 – grupo que reivindica a ampliação no número de assentos permanentes do Conselho de Segurança da ONU. Na Organização Mundial do Comércio (OMC), Brasil e Índia fazem parte do chamado G6, ao lado de Estados Unidos, União Européia, Austrália e Japão. Juntos também na liderança do G20, Brasil e Índia defendem os interesses agrícolas dos países em desenvolvimento no âmbito da OMC.
O Ibas foi criado em 2003, com o objetivo de buscar maior aproximação entre Brasil, Índia e África do Sul na discussão de temas como comércio e investimentos, ciência e tecnologia, energia, transportes e sociedade da informação. A 1ª Cúpula do Fórum de Diálogo ocorreu em setembro do ano passado, em Brasília.
Segundo o diretor do Departamento da África do Ministério das Relações Exteriores, Fernando Simas, essa será a sétima viagem do presidente Lula à África desde que ele assumiu o governo, em 2003, totalizando, com isso, 19 países africanos visitados, entre eles os árabes Egito, Líbia e Argélia. Entre os países do roteiro, Burkina Faso e República do Congo são os únicos do continente por onde o presidente Lula ainda não havia passado. Um grupo de empresários acompanhará o presidente durante toda a viagem.

Viagem do presidente Lula a África

Presidente Lula em Benin, segunda etapa de sua viagem africana
Por Fiacre Vidjigninou COTONOU, 10 Fev (AFP) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu prosseguimento nesta sexta-feira à visita oficial de 24 horas a Benin, segunda etapa de sua viagem africana. Lula já se reuniu duas vezes com o colega beninense, Mathieu Kérékou, e visitou a antiga "rota dos escravos"."Com esta visita, o presidente Lula quer criar oportunidades de negócios e cooperação com Benin", explicou o ministro do Comércio, Desenvolvimento e Indústria, Luiz Fernando Furlan, que participa da delegação brasileira."A África continua sendo uma prioridade" para o chefe de Estado brasileiro, explicou Furlan, lembrando que esse continente representa mais de 40% das trocas comerciais com o Brasil.Uma importante delegação ministerial acompanha Lula nesta segunda etapa de sua viagem africana. Depois da Argélia e de Benin, o presidente brasileiro chegará na noite desta sexta-feira a Gaborone (Botsuana) e visitará Pretória (África do Sul).Lula chegou a Cotonou na noite de quinta-feira procedente de Argel e foi recebido pelo presidente Mathieu Kérékou, com quem se reuniu durante a noite.Os dois presidentes voltaram a se reunir na manhã de sexta-feira durante mais de uma hora, a portas fechadas, para tratar de "questões de interesse comum e da atualidade internacional".Os ministros que acompanham o presidente brasileiro se dirigiram depois ao ministério das Relações Exteriores para um encontro com seus homólogos beninenses. Desta forma, os ministros tiveram a oportunidade de contribuir para aumentar os intercâmbios e a cooperação entre os dois países.No área da saúde, as autoridades brasileiras e beninensas decidiram estabelecer um comitê conjunto sobre tuberculose, Aids, cólera e doenças relacionadas à água.Os responsáveis pela agricultura estudaram a criação de um comitê para trocar experiências em matéria de irrigação.O ministro brasileiro do Comércio, Desenvolvimento e Indústria, Luiz Fernando Furlan, acompanhado por seu colega beninense, Loriano Latundji, reuniu-se com membros da Câmara de Comércio beninensa e empresários locais, para tratar da "integração entre os países do sul"."A África está no coração de nossa política. O que é lamentável é que a África não representa mais do que 5% do comércio internacional", sublinhou Furlan.Ele anunciou a intenção de utilizar em Benin a tecnologia brasileira "de produção de combustível a partir da cana-de-açúcar", matéria-prima abundante em Benin. O Brasil abastecerá Cotonou com sementes melhoradas de algodão e estudará a produção de frutas naturais no Benin, grande produtor de mangas e pinhas.O chefe de Estado brasileiro chegou na tarde desta sexta-feira à localidade de Ouidah, cerca de 40 quilômetros a oeste de Cotonou, um dos principais centros do tráfico de escravos nos séculos XVIII e XIX.Lula continuará o percurso da "rota dos escravos" e visitará a casa de um antigo vendedor de escravos brasileiro, Chacha de Souza, cujo verdadeiro nome era Francisco da Souza.As autoridades beninensas oferecerão mais tarde um jantar à comitiva brasileira, que deixará Cotonou nesta mesma noite rumo a Gabarone, capital da Botswana.Depois de assumir o poder em janeiro de 2003, o presidente brasileiro defendeu uma aproximação com a África e buscou o apoio desse continente para forçar os países ricos a abrirem seus mercados agrícolas na OMC e para conseguir um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU